Lima foi fundada em 1535 pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro, mas tem uma história milenar – como, de resto, todo o Peru, considerado o Egito das Américas. Primeiro, estabeleceram-se no vale do rio Rimac, pertinho do Oceano Pacífico, onde fica a cidade, comunidades pré-colombianas que construíram templos e pirâmides. Depois, foi a vez do fascinante Império Inca, que dominou quase toda a costa oeste da América do Sul, e, por fim, dos espanhóis. Mas Lima não vive só de seu passado glorioso. A rica herança cultural da região, aliada à criatividade culinária e a uma interessante mistura de povos (alimentada por imigrantes asiáticos e europeus), ajudaram a fazer de Lima um centro gastronômico, com restaurantes reconhecidos internacionalmente. A tradição de fazer objetos de cerâmica, prata e outros materiais, lapidada durante séculos, também colocou Lima no mapa do artesanato mundial. Não bastasse isso tudo, a cidade tem até praia. Mas nem precisava.
Central
Santa Isabel 376, Lima, Peru
Aberto há pouco mais de sete anos, já se tornou um clássico na cidade. O chef Virgilio Martinez faz um interessante trabalho de resgatar ingredientes típicos do Peru, como o airampo (uma espécie de cactos dos Andes) e tunta (um tubérculo que era cultivado pelos incas) para criar pratos que celebram a história e a biodiversidade do país.
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Maido
San Martin 399, Lima, Peru
Pratica uma interessante fusão da culinária japonesa com a peruana, com um visual espetacular e um sabor melhor ainda. A quinoa preta crocante, o delicado polvo grelhado e o sorvete de creme com algas que crescem nos lagos dos Andes são alguns dos pontos altos.
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Osso Carnicería e Salumeria
Tahiti 175, Lima, Peru
Começou com apenas uma mesa no açougue moderninho, com cortes de carnes espetaculares, do jovem chef Renzo Garibaldi, uma das estrelas da nova culinária peruana. Embutidos artesanais, carnes como a costela, que desmancham na boca e ainda levam um molho levemente picante tem levado cada vez mais gente ao restaurante.
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Country Club
Av Los Eucaliptos 590, Imperial, Lima, Peru
Em estilo colonial, ocupa um luxuoso palacete de 1926. Azulejos pintados à mão e belos vitrais decoram o lobby. A atmosfera de requinte se estende aos quartos, espaçosos, com banheiros de mármore e lençóis de algodão egípcio que não fariam feio nem com os antigos faraós.
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Dazzler Lima
Av. José Pardo 879, Lima, Peru
No lobby, o pé direito altíssimo e as colunas que chegam até o teto, ladeadas por móveis estilosos, revelam a atmosfera do hotel, localizado no coração de Miraflores, bairro repleto de bons restaurantes, lojas e bares.
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Second Home
Domeyer 366, Lima, Peru
Em Barranco, um dos bairros mais descolados de Lima, tem oito quartos, todos com reproduções de pinturas de artistas como Matisse e Chagall e charmosas banheiras em estilo art deco. O café da manhã pode ser servido no jardim, com vista para o mar.
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- Visitar a Plaza de Armas – No coração do centro histórico, é conhecida também como Plaza Mayor – não só por suas grandes dimensões, mas principalmente por abrigar alguns dos principais símbolos de Lima, como a antiga casa do conquistador espanhol Francisco Pizzarro e a catedral, em estilo neoclássico.
- Passar uma tarde em Barranco – As elegantes residências do século 19 deram lugar a lojas moderninhas, cafés e restaurantes moderninhos. E dá até para pegar uma praia – claro, desde que você não se importe em passar um pouco de frio ao entrar na água (por lá, o mar não é dos mais quentinhos).
- Conhecer a Igreja de São Francisco – Concluída em 1774, é um belo exemplo da arquitetura barroca, com fachada elaborada e altares ricamente decorados. Para os corações fortes: as catacumbas, onde eram guardados os restos mortais dos limenhos, tem mais de 75 mil ossos.
- Caminhar no calçadão no bairro Miraflores – A passarela à beira-mar é um dos lugares preferidos dos bem-nascidos de Lima, seja para assistir o pôr do sol, andar a pé ou de bicicleta ou simplesmente ver o tempo passar.
- Conhecer a história no Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera – Possui uma das maiores – e mais impressionantes – coleções de arte pré-colombiana, com 45 mil artefatos quase tão antigos quanto a própria humanidade.
- Tomar um (ou mais de um) drink de pisco – agências locais organizam tours de degustação da bebida local, uma instigante aguardente de uva. Você também pode ir sozinho – só tenha cuidado para não trançar as pernas. A Antigua Taberna Queirolo, no bairro Pueblo Libre, mantém uma destilaria própria. O charmoso Cala, em Barranco, serve criativos coquetéis à base de pisco em um espaço bastante agradável de frente para o mar.
- Passear no Parque del Amor – No alto de uma colina, com vista para o Pacífico, reúne esculturas, jardins cuidadosamente planejados e belos bancos decorados com mosaicos.
- Fazer compras em lojas transadas – Nos últimos tempos, novos designers têm dado uma contribuição significativa à moda peruana. Muitos trabalham com comunidades regionais e fazem um trabalho autoral. Susan Wagner vende suas bolsas bordados e vestidos de algodão em sua loja no bairro Miraflores.
- Mergulhar no passado no Huaca Pucclana – O sítio arqueológico fica dentro de Lima. Apesar do nome estranho (ou talvez por isso mesmo), é espetacular, com direito à pirâmide e tudo. Antes da chegada dos espanhóis, foi um importante centro cerimonial – até hoje é possível sentir seu magnetismo e o poder que exerceu ao longo dos séculos.
- Dar um pulo no mercado de Miraflores – É ótimo para comprar suvenires, inclusive blusas de alpaca, artigos de prata, pinturas, mini esculturas, tapetes e o que mais você conseguir colocar na mala.
- Espantar-se com a falta de regras no trânsito – é melhor respirar fundo antes de colocar os pés na rua ou entrar em um carro. Semáforos são solenemente ignorados pelos moradores de Lima, assim como cruzamentos. Mas, por algum motivo estranho, acidentes sérios são raros.
- Ficar com uma pontinha de inveja ao ver que a cidade é muito segura – Eles estão na América do Sul, como nós, e vivem problemas parecidos com os nossos. Mesmo assim, praticamente não há assaltos na cidade, ao menos nos bairros mais frequentados pelos turistas, como Miraflores e Barranco.
- Negociar o preço da corrida antes de entrar num táxi. Sempre – taxímetro é artigo de luxo em Lima. O lado bom é que você treina o espanhol (querendo ou não) para poder conversar com o motorista.
- Esperar um pouco até as lojas abrirem – o comércio local geralmente abre das 10h30 em diante, então não adianta chegar cedo. De qualquer jeito, as manhãs em Lima são mesmo perfeitas para passeios ao ar livre e visitas às principais atrações.
- Confundir-se com a variedade de tipos de batatas e milho – até os peruanos já perderam a conta de quantas espécies desses alimentos, plantados há milênios, existem por lá. A quantidade de nomes diferentes às vezes dá um nó na cabeça. A boa notícia: os limenhos têm a maior paciência em explicar cada item do menu.
- Pratos à base de saborosos ingredientes locais e muito peixe fresco, pescado ali mesmo, somados a influências do passado pré-colombiano e à chegada de japoneses e imigrantes europeus deram origem a uma culinária muito especial e que não para de se aprimorar. Os ceviches, deliciosos marinados de frutos do mar e peixe, formam um capítulo à parte. Existem hoje na cidade milhares de cevicherias – verdade, não é um exagero. O Hijo de Olaya, em Miraflores, aberto em 2014 — geralmente com filas na porta – prepara os mais clássicos, com muita cebola, caldo de limão, milho e temperos. Ali pertinho, o Pescados Capitales, com jeito de bar de praia, é outra tentação. Difícil resistir ao ceviche de linguado com ají, levemente apimentado, e o de mariscos com pimentão amarelo.
- Ao longo de mais de 2 mil anos de história, desde a época dos incas e até antes deles, os habitantes do Peru exercitaram a arte da criação de trabalhos em cerâmica, ouro, prata e tecidos. Não à toa, o artesanato peruano passa longe de coisa para turista. A qualidade é ótima, o design surpreende e tem de tudo, desde objetos para casa a móveis, esculturas, joias e roupas de algodão orgânico. A Dedalo Arte y Artesania, em Barranco, é conhecida pelos produtos caprichados e com um toque contemporâneo.
- Civilizações milenares, anteriores aos incas, deixaram suas raízes nas imediações de Lima. Para quem está na cidade, vale a pena visitar a Cidade Sagrada de Caral, ao norte, uma das mais antigas das Américas, com mais de 5 mil anos de história. Dá para conhecer o que restou de residências, pirâmides, templos, praças e espaços públicos para encontros.
Quando bate saudade da natureza, os limenhos fazem passeios até as Ilhas Palomino, a uma hora de barco de Lima. Nos finais de semana, catamarãs saem do porto da cidade para levar os passageiros até o arquipélago, onde dá para mergulhar com lobos-marinhos e observar colônias de pinguins.
Gastronomia
Central
Santa Isabel 376, Lima, Peru
Maido
San Martin 399, Lima, Peru
Osso Carnicería e Salumeria
Hospedagem
Country Club
Av Los Eucaliptos 590, Imperial, Lima, Peru
Dazzler Lima
Av. José Pardo 879, Lima, Peru
Second Home
10 coisas que você deve fazer
- Visitar a Plaza de Armas – No coração do centro histórico, é conhecida também como Plaza Mayor – não só por suas grandes dimensões, mas principalmente por abrigar alguns dos principais símbolos de Lima, como a antiga casa do conquistador espanhol Francisco Pizzarro e a catedral, em estilo neoclássico.
- Passar uma tarde em Barranco – As elegantes residências do século 19 deram lugar a lojas moderninhas, cafés e restaurantes moderninhos. E dá até para pegar uma praia – claro, desde que você não se importe em passar um pouco de frio ao entrar na água (por lá, o mar não é dos mais quentinhos).
- Conhecer a Igreja de São Francisco – Concluída em 1774, é um belo exemplo da arquitetura barroca, com fachada elaborada e altares ricamente decorados. Para os corações fortes: as catacumbas, onde eram guardados os restos mortais dos limenhos, tem mais de 75 mil ossos.
- Caminhar no calçadão no bairro Miraflores – A passarela à beira-mar é um dos lugares preferidos dos bem-nascidos de Lima, seja para assistir o pôr do sol, andar a pé ou de bicicleta ou simplesmente ver o tempo passar.
- Conhecer a história no Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera – Possui uma das maiores – e mais impressionantes – coleções de arte pré-colombiana, com 45 mil artefatos quase tão antigos quanto a própria humanidade.
- Tomar um (ou mais de um) drink de pisco – agências locais organizam tours de degustação da bebida local, uma instigante aguardente de uva. Você também pode ir sozinho – só tenha cuidado para não trançar as pernas. A Antigua Taberna Queirolo, no bairro Pueblo Libre, mantém uma destilaria própria. O charmoso Cala, em Barranco, serve criativos coquetéis à base de pisco em um espaço bastante agradável de frente para o mar.
- Passear no Parque del Amor – No alto de uma colina, com vista para o Pacífico, reúne esculturas, jardins cuidadosamente planejados e belos bancos decorados com mosaicos.
- Fazer compras em lojas transadas – Nos últimos tempos, novos designers têm dado uma contribuição significativa à moda peruana. Muitos trabalham com comunidades regionais e fazem um trabalho autoral. Susan Wagner vende suas bolsas bordados e vestidos de algodão em sua loja no bairro Miraflores.
- Mergulhar no passado no Huaca Pucclana – O sítio arqueológico fica dentro de Lima. Apesar do nome estranho (ou talvez por isso mesmo), é espetacular, com direito à pirâmide e tudo. Antes da chegada dos espanhóis, foi um importante centro cerimonial – até hoje é possível sentir seu magnetismo e o poder que exerceu ao longo dos séculos.
- Dar um pulo no mercado de Miraflores – É ótimo para comprar suvenires, inclusive blusas de alpaca, artigos de prata, pinturas, mini esculturas, tapetes e o que mais você conseguir colocar na mala.
5 coisas que você não pode evitar
- Espantar-se com a falta de regras no trânsito – é melhor respirar fundo antes de colocar os pés na rua ou entrar em um carro. Semáforos são solenemente ignorados pelos moradores de Lima, assim como cruzamentos. Mas, por algum motivo estranho, acidentes sérios são raros.
- Ficar com uma pontinha de inveja ao ver que a cidade é muito segura – Eles estão na América do Sul, como nós, e vivem problemas parecidos com os nossos. Mesmo assim, praticamente não há assaltos na cidade, ao menos nos bairros mais frequentados pelos turistas, como Miraflores e Barranco.
- Negociar o preço da corrida antes de entrar num táxi. Sempre – taxímetro é artigo de luxo em Lima. O lado bom é que você treina o espanhol (querendo ou não) para poder conversar com o motorista.
- Esperar um pouco até as lojas abrirem – o comércio local geralmente abre das 10h30 em diante, então não adianta chegar cedo. De qualquer jeito, as manhãs em Lima são mesmo perfeitas para passeios ao ar livre e visitas às principais atrações.
- Confundir-se com a variedade de tipos de batatas e milho – até os peruanos já perderam a conta de quantas espécies desses alimentos, plantados há milênios, existem por lá. A quantidade de nomes diferentes às vezes dá um nó na cabeça. A boa notícia: os limenhos têm a maior paciência em explicar cada item do menu.
O que há de especial
- Pratos à base de saborosos ingredientes locais e muito peixe fresco, pescado ali mesmo, somados a influências do passado pré-colombiano e à chegada de japoneses e imigrantes europeus deram origem a uma culinária muito especial e que não para de se aprimorar. Os ceviches, deliciosos marinados de frutos do mar e peixe, formam um capítulo à parte. Existem hoje na cidade milhares de cevicherias – verdade, não é um exagero. O Hijo de Olaya, em Miraflores, aberto em 2014 — geralmente com filas na porta – prepara os mais clássicos, com muita cebola, caldo de limão, milho e temperos. Ali pertinho, o Pescados Capitales, com jeito de bar de praia, é outra tentação. Difícil resistir ao ceviche de linguado com ají, levemente apimentado, e o de mariscos com pimentão amarelo.
- Ao longo de mais de 2 mil anos de história, desde a época dos incas e até antes deles, os habitantes do Peru exercitaram a arte da criação de trabalhos em cerâmica, ouro, prata e tecidos. Não à toa, o artesanato peruano passa longe de coisa para turista. A qualidade é ótima, o design surpreende e tem de tudo, desde objetos para casa a móveis, esculturas, joias e roupas de algodão orgânico. A Dedalo Arte y Artesania, em Barranco, é conhecida pelos produtos caprichados e com um toque contemporâneo.
- Civilizações milenares, anteriores aos incas, deixaram suas raízes nas imediações de Lima. Para quem está na cidade, vale a pena visitar a Cidade Sagrada de Caral, ao norte, uma das mais antigas das Américas, com mais de 5 mil anos de história. Dá para conhecer o que restou de residências, pirâmides, templos, praças e espaços públicos para encontros.
TOP
Quando bate saudade da natureza, os limenhos fazem passeios até as Ilhas Palomino, a uma hora de barco de Lima. Nos finais de semana, catamarãs saem do porto da cidade para levar os passageiros até o arquipélago, onde dá para mergulhar com lobos-marinhos e observar colônias de pinguins.
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